Published: 27th August 2014
Author: Ricardo Caruso
Publication: Auto & Técnica

Few people know this car. It's the Alfa Romeo Alfasud Sprint 6C. Had everything gone well, it would be prominently displayed in a museum today, perhaps remembered as one of the best rally cars of all time, alongside the Audi Quattro, Lancia Delta S4, or Peugeot 205 T16. But, unfortunately, Alfa Romeo didn't have that honor.

Soon after its introduction, Group B was discontinued by the FIA, and the poor Alfa Romeo Alfasud Sprint 6C never got to experience asphalt, mud, or rocks, much less the adversities of snow rallies.

For Group A in the 1980s, there were a series of requirements to homologate a rally car, such as a minimum production run of 5,000 units (production line), a maximum power limit, a minimum weight limit, permitted technology, and total cost. In contrast, Group B had few limitations on car technology, design, and the number of cars required for model homologation. Weight was not controlled, high-tech materials were permitted, and there was no maximum power limit for the cars. The category was highly sought after by manufacturers, who dreamed of victories and the subsequent opportunities to advertise their brand without needing a production model.

Group B was initially a very successful concept, with many manufacturers joining the World Rally Championship, attracting a larger audience. But the cost of competing grew rapidly, and the performance of the cars increased even further, resulting in several fatal accidents. As a consequence, Group B was canceled and banned at the end of 1986, and the rules of Group A became the standard for all cars of that era.

In the following years, the surviving Group B cars continued racing in a category called the European Rallycross Championship, with cars like the MG Metro 6R4 and the Ford RS200 competing until the end of 1992. For 1993, the FIA ​​replaced the Group B Rallycross cars with prototypes that were supposed to be based on Group A regulations, but maintaining the spirit of Group B, such as low weight, four-wheel drive, high turbo pressure, and absurd amounts of power. Nowadays, in Rallycross, cars comply with regulations regarding minimum weight and, in the case of turbocharged engines, have an air restrictor.

Returning to Alfa Romeo, only one prototype of the Alfasud Sprint 6C has seen the light of day (photos). But even this one the Italian brand doesn't publicize much, as there are few photos and information available about this model. Perhaps even today the Italian brand doesn't forgive itself for not having started the development of the Alfasud Sprint 6C sooner.

It all began in 1982, when Group B rallying was created, and the year Alfa Romeo's management decided to enter the World Rally Championship. The Italian brand's goal was to create a truly exceptional car. To this end, they entrusted the car's development to Autodelta, its equivalent of Abarth for Fiat or AMG for Mercedes.

The model that served as the starting point for the rally car was the compact Alfasud. But it was really just the starting point, because everything else was new.

A highlight was the new engine position, which moved from the front and found a new home in the center of the chassis. This engine wouldn't be the same, as the original four-cylinder boxer was replaced by a V6 engine, exactly the same engine that later equipped the Alfa 6 and later the GTV 6.

Everything was going well in the car's development. But when it was about to debut in 1986, the International Automobile Federation decided to end Group B, and Alfa Romeo was left with this car in its garage. The problem was that Group B cars were very powerful and dangerous, fast and delicate to handle on dirt. All of that is true, but it's still a shame they've been discontinued.

From the photos, you can imagine how beautiful this Alfa Romeo would look with rally livery, very appropriate to the brand's sporty image. And how wonderful it would be to see this rear-wheel-drive V6 in action.

Original Portuguese language version

Rali: Alfa Romeo Sprint 6C, o sonho banido

Poucos conhecem esse carro. Trata-se da Alfa Romeo Alfasud Sprint 6C. Foi um modelo que, caso tivesse transcorrido tudo bem, hoje estaria descansando com destaque em algum museu, talvez lembrada como um dos melhores carros de rali de todos os tempos, ao lado do Audi Quattro, Lancia Delta S4 ou Peugeot 205 T16. Mas, infelizmente, a Alfa Romeo não teve essa honra.

Logo que ela foi apresentada, o Grupo B foi extinto pela FIA e a pobre Alfa Romeo Alfasud Sprint 6C nunca chegou a conhecer o asfalto, a lama e as peddras, muito menos as adversidades dos ralis na neve.

Para o Grupo A nos anos 1980 havia uma série de requisitos para se poder homologar um carro para rali, como produção mínima de 5000 unidades (linha de produção), limite máximo de potência, limite mínimo de peso, tecnologia permitida e custo total. Ao contrário disso, o Grupo B tinha poucas limitações na tecnologia dos carros, no projeto e no número dos carros requeridos para a homologação do modelo. O peso não era controlado, materiais de alta tecnologia eram permitidos e não havia limite máximo de potência dos carros. A categoria foi muito visada pelos fabricantes, que sonhavam com vitórias e as oportunidades subsequentes de fazer publicidade para a marca sem precisar existir um modelo de produção.

O Grupo B foi inicialmente um conceito de muito sucesso, com muitos fabricantes juntando-se ao Mundial de Rali, atraindo mais público. Mas o custo para competir cresceu rápido, e o desempenho dos carros aumentou ainda mais, resultando em vários acidentes fatais. Como consequência, o Grupo B foi cancelado e banido no fim de 1986, e as regras do grupo A ficaram como padrão para todos os carros daquela época.

Nos anos seguintes, os carros sobreviventes do Grupo B continuaram correndo em uma categoria chamada de Campeonato Europeu de Rallycross, com carros como MG Metro 6R4 e o Ford RS200, que competiram até o final de 1992. Para 1993, a FIA substituiu os carros do Grupo B do Rallycross com protótipos que deveriam ser baseados nas regras do grupo A, mas mantendo o espírito do Grupo B, como baixo peso, tração nas quatro rodas, alta pressão do turbo e quantidades absurdas de potência. Hoje em dia, no Rallycross, os carros cumprem um regulamento com um peso mínimo e, no caso de motores turbo-comprimidos, têm restritor de ar.

Voltando à Alfa, consta apenas um protótipo do Alfasud Sprint 6C viu a luz do dia (fotos). Mas até esse a marca italiana não divulga muito, pois existem poucas fotos e informações disponíveis deste modelo. Talvez até hoje a marca italiana não se perdoe de não terem iniciado o desenvolvimento do Alfasud Sprint 6C mais cedo.

Tudo começou no ano de 1982, quando foi criado o Grupo B de ralis e ano em que a direção da Alfa Romeo decidiu que também iria entrar no mundial de ralis. A aposta da marca italiana era criar um carro verdadeiramente excepcional. Para isso entregou o desenvolvimento do carro à Autodelta, sua equivalente da Abarth para a Fiat ou AMG para a Mercedes.

O modelo que serviu de ponto de partida para o carro de rali foi o compacto Alfasud. Mas foi mesmo só o ponto de partida, porque todo o resto era novo.

Destaque para a nova posição do motor, que saiu da dianteira e encontrou um novo lar no centro do chassi. Motor esse que não seria o mesmo, pois o quatro cilindros boxer original foi trocado por um motor V6, exatamente o mesmo motor que equipou depois a Alfa 6 e mais tarde a GTV 6.

Tudo ia bem no desenvolvimento do carro. Mas quando ia estrear em 1986, a Federação Internacional de Automobilismo decidiu acabar com os Grupo B, e a Alfa Romeo fica com esse carro na garagem. A questão era que os Grupo B eram muito potentes e perigosos, rápidos e delicados de pulotar na terra. Tudo isso é verdade, mas não deixa de ser uma pena terem sido extintos.

Peas fotos, dá para imaginar como ficaria bonita essa Alfa Romeo com decoração de rali, bem apropriada à imagem esportiva da marca. E como seria bonito ver este V6 de tração traseira em ação.